Ficha Técnica

Viração


A ideia de índio que permeia o imaginário popular, cinco séculos após a ocupação portuguesa no Brasil, permanece como uma imagem-estereótipo de um ser mítico: um homem nu, bárbaro, não civilizado, uma figura homogeneizante deslocada do contexto de cada povo nativo existente no país. Em verdade, a existência dos povos indígenas brasileiros difere quase que totalmente dessas noções antiquadas.

Mas, afinal, o que é ser índio hoje?; qual o lugar do índio em nossa sociedade globalizada?; como nós, não índios, nos relacionamos com a história de nossos povos originários e com aqueles que hoje se declaram indígenas? Viração é uma proposta cênica que se desenvolve sobre tais questões.

Dançando justamente nossas noções burras sobre uma identidade indígena, mesmo que na tentativa de reavaliação de nossos conceitos, brincamos de índio, e na tentativa desta viração deparamo-nos com espelhos que mostram nossos (pré)conceitos sobre o que seria essa figura mítica à quem nos direcionamos. Com e por ironia, ao falar do outro é que, virados do avesso, nos enxergamos.

Concepção e Direção: João Paulo Barros

Intérpretes-criadores: Clarissa Costa, Dayana Ferreira, Érica Martins, João Paulo Barros e Júnior Meireles

Músicas: Povo Tremembé de Almofala, Xuxa

Edição de música: Thiago Almeida

Figurino e Iluminação: o grupo

Colaboração: Emyle Daltro

Projeto Gráfico: Tim Oliveira

Ano de estreia: 2017

Duração: aprox. 50 min

Classificação indicativa: Livre

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